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Cabo-verdianos da SEPI vendem participação no Banco Caboverdiano de Negócios

Cabo-verdianos da SEPI vendem participação no Banco Caboverdiano de Negócios

A sociedade cabo-verdiana SEPI deixou de ter qualquer participação no Banco Caboverdiano de Negócios (BCN), que o criou em 2004 e que seria depois adquirido pelo ex-Banif, indica o relatório e contas de 2019 da instituição.

Segundo o documento, consultado nesta terçafeira, 9, pela Lusa, registou-se em 2019 uma alteração na estrutura acionista do banco, com a cedência, por parte da SEPI – Sociedade de Estudos e Promoção de Investimentos, “a favor da Impar – Companhia Caboverdiana de Seguros e de alguns investidores privados nacionais, anteriormente acionistas da SEPI, da totalidade da posição acionista que detinha no banco”.
Essa posição, até agora detida pela SEPI, de empresários cabo-verdianos, correspondia a 43,87% do capital social, equivalente a 394.818 ações, cada uma com um valor nominal de 1.000 escudos (nove euros), pelo que teria um valor de pelo menos 394,8 milhões de escudos (3,5 milhões de euros).
Contudo, o valor do negócio não consta do relatório e contas.
Com esta alteração, só agora conhecida publicamente, a seguradora Impar aumentou a sua participação qualificada no BCN de 51,7% para 86,8%. “Tendo esse aumento merecido a não objeção por parte do Banco de Cabo Verde”, acrescenta-se no relatório e contas do BCN.
A Cruz Vermelha de Cabo Verde mantém uma quota de 4,4% no BCN, com 40.000 ações, entrando para o capital social investidores privados que compraram 79.200 ações da participação da SEPI (8,8%).
A 31 de dezembro de 2019, o capital social do BCN estava avaliado em 900 milhões de escudos (8,1 milhões de euros).
O BCN resultou da sucursal de Cabo Verde do Banco Totta & Açores, criada em 1996, passando sete anos depois a Banco Totta de Cabo Verde. A totalidade do capital do banco foi adquirida em 2004 pela empresa cabo-verdiana SEPI - Sociedade de Estudos e Promoção de Investimentos, tornando-se o primeiro banco privado e 100% cabo-verdiano.
No ano seguinte, passou a denominar-se Banco Caboverdiano de Negócios (BCN) e em 2007 avançou com uma parceria estratégica com o português Banif, que viria depois a assumir depois uma posição de 51,7% no BCN (adquirida à SEPI). Essa participação foi adquirida já em 2017, em consórcio, pela Impar e pela SEPI, na sequência da resolução do Banif.
Fonte: Lusa

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