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Violência em Cabo Delgado leva 1,3 milhão a precisar de ajuda em Moçambique - ONU

Violência em Cabo Delgado leva 1,3 milhão a precisar de ajuda em Moçambique - ONU

A Organização das Nações Unidas (ONU) estima que cerca de 1,3 milhão de pessoas precisam de auxílio humanitário e proteção devido à insegurança na província moçambicana de Cabo Delgado, com impacto em regiões vizinhas como Niassa e Nampula.

Segundo a Rádio ONU, a comunidade humanitária já vinha mobilizando cerca de US$ 254 milhões para atender as necessidades urgentes de 1,1 milhão de afetados em 2021.
Estima-se que até o final do ano passado, as três províncias do norte tinham cerca de 670 mil deslocados internos. Destes, aproximadamente 580 mil deixaram suas casas devido a centenas de incidentes violentos.
Os casos de assassinatos, decapitações e sequestros alastraram-se a outras áreas. Em Cabo Delgado, forças de segurança nacionais realizam operações militares para conter grupos terroristas islâmicos.
Nas três províncias, 950 mil habitantes enfrentam fome severa, segundo a análise da Classificação da Fase Integrada de Segurança Alimentar. Factores como conflito e deslocamento têm um efeito negativo sobre os meios de subsistência e mercados.
A insegurança também aumentou o custo dos produtos básicos, especialmente nas áreas mais afetadas pelo conflito incluindo Palma, Macomia e Mocímboa da Praia.
Apesar de as comunidades anfitriãs abrigarem 90% dos que fugiram do conflito, a situação coloca “enorme pressão” sobre os já escassos recursos nessas áreas.
Doenças
Os deslocados também sofrem com um novo surto de cólera que já matou pelo menos 55 pessoas. A equipe nacional da ONU confirmou que mais de 4,9 mil casos foram relatados até meados deste mês em diferentes distritos.
Outra prioridade da ação humanitária é evitar doenças transmitidas pela água. Nessas regiões, os sistemas de água estão sobrecarregados e falta combustível.
Com a insegurança foram destruídas 36% das unidades de saúde de Cabo Delgado. Em distritos como Mocímboa da Praia, Macomia, Muidumbe e Quissanga não há mais instalações de saúde.
A situação afeta os esforços para oferecer cuidados nas áreas sexual e reprodutiva, atividades de imunização, acesso a antirretrovirais para pessoas vivendo com HIV e tratamento da tuberculose.
Fonte: Rádio ONU

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