Com o sucesso garantido nos dois primeiros espectáculos de homenagem a Teta Lando, o músico Yuri da Cunha disse já estar a preparar as condições e inovações para os últimos concertos deste projecto a serem realizados sábado, a partir das 15h00, no Royal Plaza, um live com transmissão em directo pela TV Zimbo, e dia 1 de Maio, no Luanda Beach Club.
"É preciso procurar imortalizar os artistas que muito contribuíram para o engrandecimento das artes nacionais. Muitos deles acabam por ficar no anonimato e caem no esquecimento”, disse.
O músico, que já tinha feito uma homenagem antes a Artur Nunes, prometeu continuar com este trabalho, de forma a eternizá-los, através de espectáculos ou discos.
No show de sexta-feira, no Royal Plaza, temas como "Eu vou Voltar”, "Irmão ame o seu irmão” e "Reunir” fizeram o público relembrar uma época. Com muitos convidados surpresas, o concerto teve recepção positiva, pelas ovações, da plateia.
O evento ficou marcado, também, com o regresso aos palcos do mestre Marito, dos Kiezos, e na parte final pelas presenças em palco de Né Gonçalves, Matias Damásio, Eddy Tussa, Maya Cool, Puto Português, Sari Sari, Nagrelha, Calado Show, Joãozinho Morgado, Marito Furtado, da Banda Maravilha, e Marito, dos Kiezos, num momento de partilha único.
Com projecções de imagens e vídeos de Teta Lando, o concerto ficou marcado pelo tema "Kimbemba”. Surpresas não faltaram e uma delas foi a presença de Mito Gaspar, que em dueto com o anfitrião, intepretou "Funge de Domingo”. A partir daí o convite foi estendido a muitos outros músicos, a começar por Matias Damásio, que saiu da plateia para cantar, também em dueto, "Menina de Amor”.
Os instrumentistas também conseguiram brindar a plateia em momentos únicos, com "Negra de carapinha dura”, na qual Miqueias Ramiro mostrou talento nos teclados, ou em "Mamã Grande”, com o peruano Jorge Cervantes a dar retoques únicos na guitarra. O angolano Texas e o brasileiro Ximinha também recriarem momentos especiais nos temas "Ntoyo” e "Tata Nkento”. Chalana Dantas e Yasmane Santos, os percussionistas em serviço, deram, com o apoio de Joãozinho Morgado e Gildo Humba, um fecho à altura.
Durante o espectáculo, o público pode relembrar parte importante da vida de Teta Lando, como o exílio e o re-gresso ao país. Nas três horas de música, Yuri da Cunha provou que é um "kandengue atrevido”, com capacidade para interpretar êxitos do passado.
Fonte: Jornal de Angola