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Portugal: Paulo Flores lota Coliseu dos Recreios

Portugal: Paulo Flores lota Coliseu dos Recreios

O músico angolano Paulo Flores lotou, na noite de sexta-feira, o Coliseu dos Recreios, em Lisboa, no show de apresentação do disco "Independência".

O show, que começou por volta das 20h10 minutos, foi aberto com o tema “Heróis da Foto”, como forma de saudação a inúmera legião de fãs que se fizeram presentes no espaço.
Mesmo apesar das medidas de segurança imposta pela organização, devido à pandemia da Covid-19, Paulo Flores preencheu ainda a primeira parte com "Bem-vindo", "Semba Original", numa homenagem a Carlos Burity e Waldemar Bastos, e uma nova versão de "Si Bu Sta Dianti na Luta", de José Carlos Schwarz, em parceria com Manecas Costa.
Com o público totalmente entrosado, o palco recebeu a primeira estrela estrangeira convidada para a noite, o cabo-verdiano Tito Paris, que interpretou a música "Sodade", com o anfitrião da noite.
Apesar de se tratar de uma noite dedicada a apresentação do novo rebento discográfico, Paulo Flores foi ao baú das recordações buscar “Reencontro”, “Inocente”, “ Makalakato”, “Coração Farrapo” e “Coisas da terra”, músicas que marcaram e continuam a marcar gerações de angolanos amantes da música nacional.
Numa simbiose entre o novo e o antigo, Paulo chamou ao palco Pródigo, com quem interpretou "Independência", tema que dá título ao novo disco.
Pouco mais de duas horas, o show encerrava com a presença de Yuri da Cunha em palco, que cantou o tema "Njila ia Dikanga.
O novo disco de Paulo Flores foi colocado ao dispor dos fãs a 30 de Abril.
Com 10 músicas, cujas mensagens carregam alguma saudade, Paulo Flores diz que traduz também visões para o futuro, temas que exaltam a liberdade e a fraternidade, a harmonia, sempre com um balanço próprio, puramente angolano.
Conforme o artista, as mensagens das letras são também um tributo e uma história de amor aos heróis calados, aos anónimos, aqueles muitos que já nem podem falar.
O artista, como sempre, apostou em vários estilos musicais, desde o semba, massemba, bolero, às músicas contemporâneas, e tem a participação dos músicos Yuri da Cunha, Prodígio, Kiari, Joãozinho Morgado, Ivo Costa, Manecas Costa (da Guiné Bissau), Mayo, Boto Trindade, entre outros.
Paulo Flores é um dos maiores nomes da música popular de Angola, "embaixador" do semba no mundo. É respeitado por várias gerações de músicos angolanos, graças aos vários trunfos que coleccionou ao longo de mais de 30 anos de carreira.
Paulo Flores lançou o seu primeiro álbum em 1988. As suas canções tratam temas diversos da vida quotidiana dos angolanos.
Autor, compositor e intérprete, com 16 álbuns no mercado, Paulo Flores é uma das principais referências da música de Angola e um defensor incansável do estilo semba. A sua voz inspira-se na tradição urbana de Luanda e a sua música conta histórias de ontem, de hoje e de amanhã.
Nas suas composições, Paulo Flores explora o olhar crítico da geração que cresceu depois da independência. O artista encontra as palavras certas para falar da capacidade de resistência do povo angolano, da sua energia e da sua vitalidade, expressos na música e na dança.
Fonte: Angop

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