Booking.com

CPLP permite partilha de competências entre países, diz OCDE

CPLP permite partilha de competências entre países, diz OCDE

O director-adjunto do Centro de Desenvolvimento da OCDE, Federico Bonaglia, afirmou hoje que a Comunidade de Países de Língua Portuguesa (CPLP) permite uma partilha de experiências e competências entre países africanos lusófonos.

Bonaglia falava à Lusa por ocasião da apresentação, hoje em Lisboa, da edição portuguesa do relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) "Perspectivas económicas em África 2014: As cadeias de valor globais e a industrialização em África".
«Este relatório permite ver o desempenho dos Países Africanos de Língua Portuguesa num contexto mais alargado e comparar o desempenho de um país como Angola ou Moçambique com a experiência de outros países exportadores de recursos naturais», afirmou.
O responsável sublinhou que dois países lusófonos registam das mais elevadas taxas de crescimento para 2014-2015, Angola e Moçambique, com 8,4%, e outros dois das mais baixas: Guiné-Bissau (2,7%) e Cabo Verde (3,2%).
Além de permitir a monitorização do desempenho dos países africanos, o relatório avalia a "partilha de experiências e entre os países africanos e outros como por exemplo o Brasil", país exportador de petróleo, tal como Angola.
«A organização [CPLP] tem um papel muito importante a desempenhar na partilha de competências entre países», lusófonos, disse.
Bonaglia destacou o Brasil que tem um papel muito ativo na agricultura africana e também na gestão dos recursos naturais, tendo um trabalho desenvolvido com muitos países africanos.
Sobre a integração da Guiné Equatorial na CPLP e o impacto da adesão no desenvolvimento económico e social do país, o responsável da OCDE sublinhou que o «país pode participar num grupo de países experiente em termos de construção de instituições e de reforço das instituições democráticas».
Por outro lado, a Guiné Equatorial, que há dois anos registou um desempenho muito forte ligado à descoberta de petróleo e tem para 2014-15 uma das piores perspectivas do continente (menos 5,2%), além de um importante nível de pobreza - de acordo com o Banco Mundial -, pode beneficiar «com as experiências na luta contra a pobreza do Brasil e de Moçambique» e aceder ao mercado da CPLP, concluiu.
A OCDE apresentou o relatório "Perspectivas Económicas em África 2014", a 18 de Maio, em Paris.
Fonte: Diário Digital com Lusa

powered by social2s