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Cortes na produção de petróleo agravam crise económica angolana

Cortes na produção de petróleo agravam crise económica angolana

Angola registou uma queda de mais de um terço da produção de petróleo desde 2015, e actualmente está bombeando um pouco mais do que a Líbia, país devastado pela guerra civil há uma década, de acordo com a Bloomberg, uma multinacional especializada em assuntos económicos.

Para a Bloomberg, o quadro é desolador para o país que é fortemente dependente das exportações de petróleo. O declínio já dura 15 anos, e dados de Novembro apontam para uma produção abaixo de 1,2 milhão de barris por dia.
A decadência começou em 2014, com o aumento da produção nos Estados Unidos o que provocou uma queda nos preços em nível mundial, com valores oscilando de US $ 100 o barril para menos de US $ 30, em alguns anos. Isso levou as petrolíferas a reduzir os gastos em todo o mundo.
A pandemia do Covid-19 desencadeou uma nova crise, e já em meados de 2020, apenas um único navio-sonda estava operando nas águas da Nigéria e Angola, de acordo com dados da Baker Hughes Inc.
O governo [angolano] negociou com as empresas para ver se conseguiam extrair “um pouco mais” dos campos existentes, de acordo com o ministro angolano dos Recursos e Petróleo, Diamantino Pedro Azevedo. Mesmo com esse esforço, o país tem como meta uma produção média de 1,22 milhão de barris por dia para 2021, e com isso não poderá usufruir dos benefícios de uma quota de produção mais alta da OPEP, quando o cartel abrir as torneiras ainda este ano.
“É nossa culpa não termos investido mais nas operações, não ter investido mais nas capacidades da Sonangol, não ter investido mais no refino”, disse Azevedo em Janeiro, durante uma conferência de imprensa.
A consultora Fitch Solutions prevê uma queda de quase 20 por cento até final da década, descendo dos 1.277 milhões de barris diários actuais para um milhão de barris, se não forem feitos novos investimentos no sector.
Angola tem reservas substanciais de petróleo, mas o maior potencial de exploração está nas águas profundas e ultraprofundas, o que requer a disponibilização de investimentos de alto custo e com elevado risco”.

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