John Barros, descendente de cabo-verdianos, lançou nesta quinta-feira, 4 de Março, sua campanha para Prefeito (Mayor) da cidade americana de Boston, no estado de Massachusetts. O anúncio oficial foi feito no restaurante Cesária, em Dorchester.
Ele é o quinto candidato ao posto deixado vago pelo actual mayor, Marty Walsh, que se muda para a capital do país, Washington, a fim de ocupar o cargo de Secretário do Trabalho no gabinete do Presidente Joe Biden.
No seu discurso, John Barros disse que tem um plano ambicioso para o desenvolvimento da cidade que inclui maior segurança, combate à injustiça racial com honestidade e compaixão, assim como grandes investimentos em nos sectores da saúde e habitação. E não deixou de fora a preocupação com o ambiente e mudanças climática.
John Barros, 47 anos, ocupou desde 2014 a função de Chefe de Desenvolvimento Económico da cidade. Ele renunciou ao cargo, há poucos dias, nas vésperas de oficializar a candidatura. Hoje, ele destacou os avanços conseguidos na área de planejamento e no desenvolvimento da histórica cidade de Boston.
Antes, trabalhou durante 13 anos como director Executivo da Dudley Street Neighbourhood Initiative (DSNI), a maior comunidade de terrenos urbanos nos EUA.
O percurso do agora candidato a Mayor está marcado por uma grande dedicação ao desenvolvimento económico e sustentável das comunidades, com foco no apoio à diáspora cabo-verdiana e também no desenvolvimento de Cabo Verde. Nesse historial se inclui a co-propriedade do restaurante Cesária, localizado na Bowdoin St., Dorchester.
Recorde-se que John Barros já tinha concorrido à prefeitura de Boston em 2013, mas perdeu nas primárias para Marty Walsh.
Nascido e criado na vizinha cidade de Roxbury, vive actualmente em Dorchester com a esposa Tchintcia e os quatro filhos. Ele é licenciado em estudos africanos pela Dartmouth College e concluiu mestrado em políticas públicas na Tufts University.
Em Fevereiro de 2019, em Cabo Verde, foi agraciado pelo governo do arquipélago com a medalha de mérito profissional que também foi atribuído a Jean Jaques Alves, médico, e ao senador estadual Vinny de Macedo.