A polícia guineense utilizou granadas de gás lacrimogéneo para dispersar apoiantes do líder do Partido Africano da Independência da Guiné e Cabo Verde (PAIGC), Domingos Simões Pereira, que regressou esta sexta-feira, 12, ao país, segundo um dirigente do partido citado pela agência Lusa.
Após mais de um ano a residir em Lisboa, Simões Pereira chegou a Bissau e a polícia não está a permitir aglomerações de mais de 25 pessoas na via pública, justificando a medida com o estado de calamidade decretado devido à covid-19.
Fernando Saldanha, membro do Comité Central e elemento do gabinete de Domingos Simões Pereira, explicou que a polícia ordenou a um grupo de apoiantes que aguardavam pela chegada do líder do partido, vindo do aeroporto, que dispersasse.
“Estávamos na rua, diante da sede, a polícia apareceu e obrigou-nos a dispersar, de repente começou a atirar granadas de gás lacrimogéneo. Algumas granadas atingiram a sede”, disse Fernando Saldanha, antigo secretário de Estado da Juventude.
O responsável do PAIGC afirmou que os apoiantes de Domingos Simões Pereira tiveram de passar para a parte de dentro da sede do partido, situado a escassos metros do Palácio da Presidência, em Bissau.
Fernando Saldanha não sabe precisar o número de granadas de gás lacrimogéneo atiradas contra os apoiantes de Domingos Simões Pereira, apenas indicou que a polícia ocupou todo o perímetro contíguo à sede do partido, na praça dos Heróis Nacionais.
Em comunicado hoje emitido, o secretário de Estado da Ordem Pública, Mário Fambé avisou que não serão permitidas aglomerações de mais de que 25 pessoas na via pública, em decorrência do estado da calamidade em vigor no país desde 24 de fevereiro último.
Fonte: Lusa