O filme de ficção ‘Sodade’, com realização e produção nacional, começou a ser rodado esta quarta-feira, 17 de Março, na cidade de São Filipe, com roteiro escrito pela jovem Sara de Pina, que é também realizadora e actriz.
Segundo uma nota da Inforpress, a produção a está cargo de Saulo Montrond, da Green Studio, ele que, tal como Sara de Pina, é da ilha do Fogo.
A Green Studio com 15 anos no mercado, está focada mais na produção televisiva, publicidade, marketing e comunicação, mas que com a experiência aposta agora na ficção, o que não foi possível antes por falta de condições.
Depois de ter conhecido Sara de Pina, que vive nos Estados Unidos da América, onde frequentou a escola de cinema ‘New York Film Academy’ e com um livro lançado na plataforma digital Amazon, juntaram esforços para produzir um filme em Cabo Verde.
A produção era para acontecer no ano passado, mas a covid-19 atrasou um pouco o plano e só agora, com “esforços extras” e apesar das restrições e limitações, decidiram avançar com a produção do filme que vai ser rodado na cidade de São Filipe.
O filme conta com actores nacionais com experiência, norte-americanos e figurantes locais, tendo sido realizado casting para recrutar o pessoal.
O filme ‘Sodade’ retrata a história de dois casais que se separam sem nunca deixarem de pensar um no outro, referiu a escritora e realizadora Sara de Pina, indicando que se trata de “um filme de amor, mas com drama pelo meio, já que os casais são originários de duas famílias que se odiavam devido a um acidente que ocorreu quando os seus pais ainda eram meninos, tendo um deles sido condenado a 20 anos de prisão sem que tivesse culpa”.
O filme ‘Sodade’ já tem uma agência disponível para o colocar na plataforma digital Netflix, que é a mais vista no mundo, estando a equipa por isso motivado para promover a beleza da ilha e de Cabo Verde ao mais alto nível.
A produção será uma mistura do crioulo e inglês, porque há personagens que só falam inglês (norte-americanos) e outros o crioulo, sendo que um dos personagens, que é filho de um emigrante da ilha com uma norte-americana branca, não fala o crioulo.
O filme é patrocinado pelo produtor Saulo Montrond e pela escritora e realizadora, Sara de Pina, a 100%, porque, explicou, Saulo Montrond, não queriam perder mais tempo depois de toda a limitação que se está a viver, e os dois vão custear as despesas com as deslocações, alojamentos e alimentação, custo de produção.
Este indicou que estão a desenvolver contactos locais para mobilização de algum tipo de apoio dada a importância, qualidade e o sítio onde o filme será exibido.
Saulo Montrond garantiu que todos os equipamentos necessários estão disponíveis, lembrando que o filme será rodado em alta definição, 4K, com câmara de cinema, equipamento de som, iluminação, tudo para ter qualidade internacional.
Sobre o elenco, a maioria dos actores/actrizes têm experiência e conhecimento porque já participaram de outros filmes. “Este é o primeiro de vários filmes de ficção e séries que queremos lançar, é o pontapé de saída”, disse Saulo Montrond.
Fonte: Inforpress