O governo moçambicano inicia a construção de um troço de 367 quilómetros do seu projecto integral de infra-estruturas eléctricas no centro do país, intensificando os esforços para levar energia eléctrica aos seus habitantes, de norte a sul, através de linhas de transmissão de alta tensão.
A ligação fará parte do projecto também designado como “espinha dorsal” da distribuição de energia em Moçambique. O troço a ser lançado vai ligar a localidade de Chimuara e o distrito de Alto-Molocué, na província da Zambézia, e está orçado em US $ 200M com financiamento proveniente do Banco Africano de Desenvolvimento (BAD).
As obras marcam o início da primeira das três fases de investimento na província da Zambézia, no âmbito do projecto de transporte de energia entre o Norte e o Sul, denominado Cesul.
Fora da província da Zambézia, Cesul inclui também as linhas de transmissão a instalar entre Temane (província de Inhambane, região sul) e Maputo (sul), com uma extensão de 563 quilómetros e orçadas em 530 milhões de dólares. O início das obras para o sul está previsto para novembro de 2021.
Cesul inclui ainda um troço – já em construção – entre Chibabava (província de Sofala, região centro) e Vilanculos (província de Inhambane, região sul), com uma extensão de 240 quilómetros e estimada em 35 milhões de dólares. Na província de Nampula, está em curso a construção de várias linhas de transmissão integradas no projeto.
O projecto do Cesul será movido por várias fontes de energia, principalmente pela Central Hidroeléctrica de Cahora Bassa (HCB) e termelétricas.
A infraestrutura em sua totalidade consiste na construção de 1.340 quilômetros de linha de corrente alternada e 1.250 quilômetros de linha de corrente contínua, com capacidade de escoamento em torno de 3.100 megawatts. Também estão previstas a construção de oito subestações e a ampliação de outras duas.
Em 2014, o então Governo de Moçambique estimou o custo global da Cesul em US $ 1,5 bilhões.
Fonte e Imagem: Futher Africa