As forças especiais dos Estados Unidos da América (EUA) vão treinar fuzileiros navais moçambicanos, nos próximos dois meses, com o objectivo de conter a propagação dos insurgentes do Estado Islâmico [Daesh], de acordo com Business Insider, da África do Sul.
O intercâmbio prevê o fornecimento de equipamento médico e de comunicação às Forças de Defesa e Segurança de Moçambique.
Isso aconteceu depois que os EUA incluíram, em 10 de Março deste ano, dois grupos extremistas africanos - um que actua na República Democrática do Congo (RDC) e o outro em Moçambique - na sua lista de organizações terroristas estrangeira, devido a vínculos com o Estado Islâmico.
Segundo uma comunicação da embaixada americana em Maputo, capital do país, “os EUA estão empenhados em apoiar Moçambique de uma forma multifacetada”, que permita impedir o “alastramento do terrorismo e do extremismo violento”, lidando com as questões de segurança, mas também com o desenvolvimento socioeconómico.
Desde 2017, a violência na província moçambicana de Cabo Delgado, no extremo norte, já causou mais de 2.000 mortes e obrigou maus de 670 mil pessoas a deixarem suas casas. Há registos de execução de crianças, alguns de de apenas 11 anos, de acordo com Save the Children, que registou relatos de famílias deslocadas que descreveram execuções horríveis perpetrados pelos insurgentes islâmicos.
