O ministro da Saúde de Cabo Verde, Arlindo do Rosário, disse esta quinta-feira, na Ribeira Grande, ilha de Santo Antão, que o aumento de casos de covid-19, registado desde finais de Fevereiro, está a criar pressão sobre o Sistema Nacional de Saúde.
Recorde que na quarta-feira, as autoridades sanitárias cabo-verdianas diagnosticaram mais 294 infetados pelo novo coronavírus, elevando para 19.525 o total de casos desde o início da pandemia.
Segundo o ministro da Saúde, a maior parte dos casos registados no País, até agora, têm evoluído de forma assintomática, mas desde Fevereiro registou-se um aumento de casos sintomáticos.
O governante culpa as pessoas por não estarem a seguir as orientações das autoridades sanitárias. “O uso de máscaras têm sido cada vez menor, as festas particulares continuam acontecendo, discotecas, pub’s, ou seja, várias situações onde há a possibilidade de haver aglomerações”, disse Arlindo do Rosário, que não deixou de fora as campanhas eleitorais, sobretudo, as ‘arruadas’, que, conforme disse, “também têm contribuído para o aumento de casos”.
“A saúde está em primeiro lugar”, defendeu o ministro, que fez questão de vincar que “nada é mais importante do que a Saúde”, razão porque lançou o apelo aos partidos políticos e aos cidadãos, para o cumprimento das medidas preventivas da covid-19.
No entanto, Arlindo do Rosário acha que não é impeditivo ter actividades de campanha se as regras forem cumpridas e se as pessoas viverem de forma diferente, numa altura em que o País se aproxima dos 20 mil casos acumulados desde o início da pandemia, há um ano e um mês, com uma taxa de recuperação “muito boa” – cerca de 90 por cento (%) – e uma taxa de letalidade dentro daquilo que tem sido esperado em vários países (01%).
Arlindo do Rosário afirmou que a campanha de vacinação está a decorrer em bom ritmo, em todo o país, com todos os profissionais da Saúde, quer do sector público quer do sector privado, e muitos idosos já vacinados.
O titular da pasta da Saúde descartou, para já, a declaração do estado de emergência e disse acreditar que as medidas contidas no estado contingência, em vigor, se forem devidamente aplicadas serão suficientes para manter a situação controlada.
Com Lusa e Inforpress