A empresa Montepuez Ruby Mining (MRM), que explora rubis em Cabo Delgado, registou e assistiu cerca 9.407 casos de malária, entre 2018 e 2019, nas comunidades próximas ao projecto, no âmbito dos programas de responsabilidade social.
Os números são referentes a pelo menos 10 comunidades no posto administrativo de Namanhumbir, onde a empresa tem possui 34 mil hectares de concessão para exploração de rubis, segundo uma nota da empresa.
"Sempre que os oficiais de saúde identificam casos positivos, os pacientes têm acesso a cuidados de saúde e medicamentos gratuitos. Também tomámos a iniciativa de fornecer redes mosquiteiras, distribuídas através das nossas clínicas de saúde móveis, como forma de mitigação", referiu no documento.
A assistência às populações é feita através de duas clínicas de saúde móveis no posto administrativo de Namanhumbir.
"As clínicas móveis permitiram às autoridades sanitárias locais distribuir um total de 181 redes mosquiteiras a mulheres grávidas na sua primeira consulta pré-natal, nas comunidades de Chimoio, Mpene, Mpunho, Namahaca, Nanhupo, Nassimoja, Nsembia, Nsewe, Nthoro e Ujama, durante o ano de 2020", acrescentou a MRM.
As notificações de casos e mortes por malária são as mais registadas pelo sistema de saúde, mas os casos reais e mortes são geralmente muito superiores, de acordo com o mais recente relatório sobre malária no mundo publicado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) há quatro meses.
Moçambique terá registado em 2019 cerca de 15.000 mortes por malária, o que o coloca como o quinto país do mundo com mais mortes, responsável por 4% de todos os óbitos por malária a nível global.
Fonte: Lusa