O primeiro voo de retoma da Cabo Verde Airlines (CVA), previsto para sair às 09:15 desta sexta-feira, com destino a Lisboa, não se realizou, depois de um compasso de espera de sete horas, deixando os quatro passageiros em terra, de acordo com a Inforpress.
O atraso do voo 602 da Cabo Verde Airlines que veio resultar no cancelamento da viagem Sal/Lisboa, com quatro passageiros, além da tripulação, deveu-se, segundo o presidente da CVA, Erlendur Svavarsson, numa primeira reacção, a uma “falta de coordenação” entre a empresa de Aeroportos e Segurança Aérea (ASA) e a transportadora aérea nacional.
Na altura, aquele responsável veio ao público apresentar desculpas aos passageiros, lamentando o sucedido, acreditando que ainda hoje os mesmos podiam seguir viagem para Portugal, depois de ultrapassado este percalço, o que não aconteceu.
Os passageiros tiveram de sair da sala de embarque, por volta das 16:00, visivelmente cansados, depois de tanta espera, escusando-se a prestar, entretanto, quaisquer declarações à imprensa.
A Inforpress tentou contactar os responsáveis da ASA para explicarem a razão da não autorização da partida do voo da CVA, mas os esforços redundaram em fracasso.
Sem informações sobre o reagendamento do voo 602 da Cabo Verde Airlines, a Inforpress soube que os quatro passageiros deverão seguir viagem, sábado à noite, no voo da transportadora aérea portuguesa, TAP.
O Boeing 757, que deve fazer o voo para Portugal, está em Cabo Verde desde Abril passado, após um ano em situação de armazenamento nos Estados Unidos, devido à pandemia.
Em declarações à Lusa, o presidente da CVA, adiantou que a chegada da segunda aeronave está prevista para início de Julho, que, segundo ele, vai complementar a frota do ‘hub’ na ilha do Sal, “aumentando ainda mais a confiabilidade e a eficiência da CVA”.
Em Março de 2019, o Estado de Cabo Verde vendeu 51% da então empresa pública TACV (Transportes Aéreos de Cabo Verde) por 1,3 milhões de euros à Loftleidir Cabo Verde, empresa detida em 70% pela Loftleidir Icelandic EHF (grupo Icelandair, que ficou com 36% da CVA) e em 30% por empresários islandeses com experiência no sector da aviação (que assumiram os restantes 15% da quota de 51% privatizada).
Fonte: Inforpress