No continente africano, os angolanos estão entre os maiores apreciadores do vinho espumante e o país chega a importar 5 milhões de litros desse produto, por ano. O volume global de importação anual de vinho está na ordem de 6 milhões de litros, que representa uma carteira de negócios de mais de USD 990 milhões.
De notar que o país começa a apresentar os primeiros projectos de produção vinícola.
Mas é a Nigéria, com os seus 166 milhões de habitantes, que constitui o destino por excelência do ouro líquido de Baco, principalmente o tinto, de acordo com o website Mail & Guardian.
Esses números não são ignorados pela África do Sul, o 7º maior exportador de vinho em nível global e detentor do título de “Melhor vinho” do mundo (2015). Ali crescem uvas para vinho branco, incluindo Chenin Blanc, Chardonnay, Sauvignon Blanc, e variedades vermelhas que incluem Merlot, Cabernet Sauvignon e Pinotage. O pioneirismo da indústria vinícola coube ao fundador da Cidade do Cabo, Jan van Riebeeck, em Constantia, arredores do novo povoado, em registo escrito datado de 2 de Fevereiro de 1659, apenas sete anos após a Companhia das Índias Ocidentais ter construído um entreposto para abastecimento de seus navios.
Portugal é outro beneficiado pela tendência de consumo africano. O mercado angolano consome mais de 40% dos vinhos portugueses exportados, quota que vale 78 milhões de euros, segundo dados divulgados pela agência Lusa em 2013.
Curiosamente, dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) indicam que os países mais ricos ou grandes produtores de milho de África tendem a beber cerveja; as ex-colónias da Espanha e França preferem o vinho; enquanto os insulares e costeiros se inclinam para "bebidas fortes”. Será?