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COVID-19: Banco Mundial garante 200 mil vacinas a Cabo Verde

COVID-19: Banco Mundial garante 200 mil vacinas a Cabo Verde

O Banco Mundial aprovou, esta quinta-feira, 11 de Fevereiro, um financiamento adicional de U$5 milhões da Associação Internacional de Desenvolvimento (AID) para um fornecimento de vacinas da COVID-19 a Cabo Verde, de acordo com um documento enviado a Visaonews.com.

Esta é a primeira operação financiada pelo Banco Mundial em África para apoiar o plano de imunização de um país para COVID-19 e auxiliar na compra e distribuição da vacina em linha com a Iniciativa COVAX de Acesso Global às Vacinas de COVID-19.
Esse financiamento adicional vem apoiar os esforços do país para a compra e distribuição de mais de 400.000 doses da vacina para COVID-19, bem como de equipamentos de proteção pessoal, como máscaras e suprimentos médicos, de modo a garantir uma implementação eficaz da campanha de vacinação.
O projeto financiará, igualmente, equipamento e transporte para uma cadeia de frio, e também uma melhoria da infraestrutura de saúde para ajudar na reabertura do país ao turismo. Trata-se de um desenvolvimento do suporte de emergência fornecido pelo Projeto de Resposta Emergencial à COVID-19 de Cabo Verde.
“No contexto de uma segunda vaga do coronavírus a causar grave impacto nas vidas e economias de África, fechando escolas e negócios, estamos a fortalecer os nossos esforços para ajudar os países a comprar e a distribuir vacinas, testes e tratamentos, e a avigorar os sistemas de vacinação,” explica Ousmane Diagana, Vice-Presidente do Banco Mundial para a África Ocidental e Central. Segundo o Banco Mundial, Cabo Verde tem imensa experiência com campanhas de vacinação e está bem preparado para dar início à implementação das vacinas este mês. Esta é uma medida crucial para ajudar a assegurar o futuro do povo cabo-verdiano, para recuperar empregos e realavancar a indústria do turismo, particularmente impactada pela pandemia, assegura a organização financeira mundial.
O Banco Mundial lembra que a economia do país tem sido drasticamente afetada pela crise, com uma contração estimada para o PIB de 11% em 2020. “A economia do arquipélago sofreu uma queda na entrada de turistas de 70% em 2020, com a taxa de desemprego a beirar os 20% e a de pobreza mais do que dobrando de 20% para 45% no curto prazo. Embora dois terços das mortes ocorram entre pessoas com mais de 65 anos, os cabo-verdianos jovens e economicamente ativos são os mais afetados pelo vírus”.
“Após meses de trabalho rigoroso e de grande colaboração, enche-nos de muita satisfação a aprovação pelo Banco Mundial desse financiamento adicional para ajudar Cabo Verde a comprar e distribuir vacinas contra o vírus da COVID-19,” expressou Olavo Correia, vice-Primeiro-Ministro e Ministro das Finanças de Cabo Verde. “Este financiamento é um complemento necessário às medidas prontas e abrangentes instauradas em Cabo Verde desde o início da pandemia. Estamos agora empenhados em assegurar que a população seja prontamente vacinada, de forma a podermos reestabelecer o crescimento económico de uma maneira mais resiliente e diversificada”.
Para ajudar a preparar o Plano Nacional de Vacinação contra a COVID-19, uma avaliação de aptidão da vacina foi conduzida pelo Governo de Cabo Verde com apoio do Banco Mundial, da Organização Mundial de Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). A avaliação demonstrou que as preparações estão bem encaminhadas, o quadro legal e o processo de identificação da população visada estão instalados, e Cabo Verde está agora apto a fazer recurso ao Compromisso de Mercado Avançado da Iniciativa COVAX (CMA-COVAX) como principal mecanismo para a compra de vacinas.
Em resposta à pandemia, o Grupo Banco Mundial em Cabo Verde respondeu rapidamente e focou-se em três grandes áreas para: salvar vidas, proteger os pobres e reconstruir melhor. Como parte da resposta sanitária, uma operação emergencial para a saúde de U$5 milhões e uma subvenção adicional de U$940.000 através do Mecanismo para Emergência Pandêmica ajudaram na aquisição de equipamento médico essencial. Complementarmente, U$10 milhões das Operações de Levantamento de Crédito Diferidas a Catástrofes foram acionados para auxiliar a fechar o défice orçamental provocado pelo choque económico e a resposta sanitária. Para proteger os mais vulneráveis, U$3 milhões foram realocados para fornecer transferências emergenciais de dinheiro a mais famílias em dificuldades. O projeto de Reforço do Ensino e do Desenvolvimento de Competências ajudou, igualmente, na compra de tablets e aparelhos de televisão para garantia do ensino à distância durante o confinamento. Para a retomada da economia, um financiamento adicional por via do projeto de Acesso a Finanças para Micro, Pequenas e Médias Empresas na COVID-19 veio apoiar os pequenos e médios negócios no acesso ao crédito. Também foram recentemente aprovados U$25 milhões suplementares para fortalecer a resiliência fiscal e reformar as Empresas Estatais.
O Banco Mundial, uma das maiores fontes de fundos e de conhecimentos para países em desenvolvimentos, está a tomar ações vastas e ágeis para ajudar os países em desenvolvimento a responder aos impactos sanitários, sociais e económicos da COVID-19. Isso inclui U$12 mil milhões para ajudar países de rendimento baixo e médio a comprar e distribuir vacinas para COVID-19, testes, e tratamentos, e a fortalecer os sistemas de vacinação. O financiamento soma-se à resposta mais abrangente do Banco Mundial à COVID-19, a qual está a ajudar mais de 100 países a consolidar os seus sistemas de saúde, a dar suporte aos agregados mais pobres, e a criar condições de apoio à preservação dos meios de vida e emprego das populações mais afetadas.

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