A Organização Mundial da Saúde, OMS, anunciou que está a apoiar a Guiné-Conacri em medidas de combate a um novo surto do ebola, incluindo a aquisição de vacinas, de acordo com a Rádio ONU.
Três casos foram recentemente confirmados na comunidade rural de Gouéké, na prefeitura de N'Zerekore, marcando a primeira vez em que a doença é descoberta no país desde o surto que terminou em 2016.
A ação dos trabalhadores enviados pela OMS será em “unidades de saúde e outros locais importantes, além de atingir às comunidades garantindo que estas desempenhem um papel fundamental na resposta”.
A agência da ONU também apoia as autoridades nacionais na aquisição da vacina contra o ebola, que foi fundamental no controle de surtos na República Democrática do Congo, RD Congo.
O território congolês iniciou esta segunda-feira a campanha de vacinação em Butembo, uma semana após o ressurgimento do vírus. Os primeiros a serem imunizados foram profissionais de saúde do Centro de Saúde de Matanda, onde foi tratado o primeiro paciente.
Em território guineense, as primeiras investigações revelaram que uma enfermeira da unidade de saúde local morreu de ebola em 28 de janeiro de 2021.
Surto de 2014
A Guiné-Conacri foi uma das três nações mais afetada pelo surto ocorrido na África Ocidental entre 2014 e 2016. A epidemia foi considerada a maior desde a descoberta do vírus em 1976.
Para a diretora regional do Escritório da Organização Mundial da Saúde para África, Matshidiso Moeti, existe uma grande preocupação com o ressurgimento do ebola em território guineense “que já sofreu muito com a doença”.
Moeti destacou a perícia e experiência acumuladas durante o surto anterior, com as quais as equipes de saúde se movimentam para rastrear rapidamente o percurso do vírus e conter novas infecções.
Rastreamento
A representante realçou o apoio dado pela agência às autoridades locais para a criação de estruturas de teste, o rastreamento de contatos e o tratamento além de permitir “uma resposta geral a toda velocidade”.
De acordo com a OMS, algumas amostras dos casos confirmados já foram enviadas ao Instituto Pasteur, no Senegal, para um sequenciamento completo do genoma com vista a identificar a cepa do vírus ebola.
A agência considera o fato de o epicentro do atual surto ser uma área de fronteira. Por isso, trabalha com as autoridades de saúde na Libéria e Serra Leoa para reforçar a vigilância comunitária de casos em distritos dos limites destes países.
A OMS também fortalece a capacidade de testar os casos e realizar vigilância em instalações de saúde, ao mesmo tempo que faz contatos com os vizinhos Cote d'Ivoire, ou Costa do Marfim, Mali, Senegal e outros países em risco
Fonte: Rádio ONU