O ex-primeiro-ministro, José Maria Neves, apresentou nesta sexta-feira a sua candidatura à Presidência da República de Cabo Verde, garantindo, caso for eleito, ser o primeiro embaixador da diáspora e aquele que une, aconselha, sugere e assume toda a história do país.
José Maria Neves, que fez a apresentação da candidatura a ser apoiada pelo PAICV, em um dos hotéis da Cidade da Praia, disse querer contar com o apoio de todos, independentemente da cor política, e prometeu transformar-se no primeiro embaixador da República e trabalhar para garantir os investimentos necessários para “levantar” o País na pós-pandemia.
“A reconstrução do país será a minha prioridade. A significativa retração da economia, o aumento do déficit, da dívida, do desemprego, da pobreza e das desigualdades, a falência de empresas, as perdas emocionais e sociais devem levar-nos ao reforço da confiança mútua entre os partidos políticos, ao diálogo, à partilha e à busca conjunta de soluções”, disse o candidato às eleições presidenciais de 17 de Outubro.
Na sua comunicação, José Maria Neves realçou ainda que Cabo Verde precisa de uma liderança forte para mobilizar os partidos, as empresas, os sindicatos, as igrejas, as ONG, a sociedade civil e os cidadãos nas ilhas e na diáspora, visando a reconstrução do País na pós-pandemia.
Neste âmbito, salientou que como Presidente da República, pretende ser, não apenas um “bom árbitro”, mas também um dinamizador de novos processos políticos, abrir espaços de participação a todos, uma instância moral, um traço de união, um provedor das liberdades, da democracia e do Estado de Direito e um promotor do País no mundo.
“A democracia não é apenas disputa e competição, é também compromisso e consenso. É essencial, pois, percorrermos as fases dos processos deliberativos democráticos. Há tempo para discórdias, discensos e desacordos, mas também há tempo para acordos, compromissos e consensos”, asseverou, sustentado que assim “estaremos em condições de acelerar o ritmo das mudanças e reconstruir mais rapidamente o país (…)”.
O candidato à Presidente da República que admite que os desafios pós-pandemia são “gigantescos” em todos os níveis, afirmou que o País precisa de um líder para ser o
“fomento” do novo momento, que assume a história e saiba valorizar a independência, as liberdades, a democracia e a ânsia pelo desenvolvimento sustentável.
“O País precisa de um Presidente que motiva, que promove consensos nacionais e garante a sua plena concretização. De um Presidente que garante a continuidade e a perenidade das instituições democráticas”, realça, sublinhando que nos termos da Constituição, o Presidente da República deve ser suprapartidário e de todos os partidos, dos cabo-verdianos no país e na diáspora.
Para José Maria Neves, o país precisa de um Presidente “artesão” que ama, cuida, repara e ajuda a unir as partes, a fazer novas e boas escolhas e a escrever o destino das ilhas com as próprias mãos.
José Maria Neves termina o seu anúncio como candidato a Presidente da República às eleições de 17 de Outubro, com uma homenagem a todos os pais, lembrando que a sua candidatura foi feita a 19 de Março, o dia que se assinala o Dia de São José.
Fonte: Inforpress