A Transporte Interilhas de Cabo Verde (TICV) encontra-se ainda sem voos à venda para o mês de Maio, situação que o director-geral da companhia comunicou aos trabalhadores esta quinta-feira, 22 de Abril, apontando como causa a pandemia.
Segundo a agência de notícias Inforpress, Luís Quinta explicou o cenário da empresa aos funcionários em carta enviada ao colectivo da TICV, e confirmou a ausência de voos para o mês de Maio, através de contactos com algumas agências de viagens.
O director-geral da TICV mencionou na nota aos trabalhadores que “todos sabem que ainda não há voos para o mês de Maio à venda e que, por esta razão, há várias semanas, mesmo meses”, que decorrem conversações entre os accionistas da empresa e o Governo para resolver a situação, que “passará por um conjunto de soluções a acordar” entre as partes.
“Temos que lembrar que já vai para mais de um ano que todos fomos afectados por esta pandemia e nunca recebemos um único apoio. Isto aliado à quebra de passageiros, não é sustentável para nenhuma companhia, como é óbvio, daí precisarmos de apoios financeiros e outros”, lê-se na carta.
Luís Quinta vai mais longe ao afirmar que “vários Estados estão a apoiar o sector”, pois, com “muitas raras excepções, ninguém irá aguentar os dois ou três anos de crise que se preveem”.
“Estamos todos a trabalhar nisso, infelizmente em velocidades diferentes, mas de todas as formas, creio que no início da próxima semana já estará ultrapassada a situação”, asseverou o director-geral da TICV, que exorta os trabalhadores a continuarem a “trabalhar bem, como sempre”.
A TICV também esteve na eminência de suspender os voos do mês de Abril devido a um diferendo com a Agência da Aeronáutica Civil (AAC), mas que foi “parcialmente ultrapassada” com a intervenção do Governo.
Fonte: Inforpress