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Guiné-Bissau quer negociar com FMI programa mais “alargado e ambisioso”

Guiné-Bissau quer negociar com FMI programa mais “alargado e ambisioso”

O primeiro-ministro da Guiné-Bissau, Nuno Gomes Nabiam, defendeu a negociação de um programa mais "alargado e ambicioso" com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que permita concretizar o plano de investimento público de construção de infraestruturas.

A posição foi transmitida, esta quinta-feira, 22 de Abril, durante uma reunião virtual entre o primeiro-ministro guineense e dirigentes do FMI.
Segundo um comunicado do gabinete da chefia do Governo, o chefe de Governo sensibilizou os responsáveis do FMI para a Guiné-Bissau da imperiosa necessidade de ser adoptado um programa mais alargado e ambicioso, que permita dotar o país de recursos para materializar o plano emergente de investimentos públicos, tendo em conta que é urgente resolver os problemas de falta de infraestruturas.
Nuno Gomes Nabiam abordou também a questão da reforma e modernização da administração pública do Estado.
"O primeiro-ministro fez saber ao FMI da prioridade do Governo em iniciar o mais breve possível o processo, há muito adiado, que irá permitir ao Estado poupar perto 30 mil milhões de francos cfa e libertar recursos para reinvestimentos fundamentais em outras áreas", salientou-se na nota.
O ministro das Finanças guineense, João Fadiá, anunciou no início deste mês que a Guiné-Bissau pretende aceder ao Programa de Crédito Alargado do FMI em 2022.
Uma missão do FMI deverá chegar ao país ainda este mês para discutir um programa de referência exigido neste processo.
Segundo João Fadiá, o programa de referência não tem financiamento, mas exige evidências de boas práticas e são acordadas algumas metas.
"Se forem cumpridas, mostra-se que é bom aluno e passa-se para fase seguinte", disse, salientando que a visita do FMI vai ocorrer entre 28 de Abril e 18 de Maio.
O programa de referência, segundo o ministro, inclui três revisões, a última das quais em Março de 2022.
"Se tudo correr bem, em Março de 2022 poderá ser feito um Programa de Crédito Alargado. E se tudo correr bem, haverá um segundo saque de facilidade do crédito rápido", ou seja, se o programa de referência for satisfatório a Guiné-Bissau terá acesso a mais 20 milhões de dólares, explicou.
Guiné-Bissau beneficiou da Facilidade de Crédito Rápido e isso permitiu ao país mobilizar 50% da sua quota, ou seja, 20 milhões de dólares, que entraram nas contas em Janeiro.
"O programa de referência é mais ou menos um entrar na convivência com o FMI, Fonte: Angop

 

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