A polícia moçambicana resgatou, hoje, 27 de Maio, um empresário que tinha sido raptado na segunda-feira, na cidade da Beira, centro do país, e deteve dois homens suspeitos da autoria do crime, anunciou a corporação.
"Diligências efetuadas culminaram com o resgate da vítima", disse em conferência de imprensa, Daniel Macuacua, porta-voz do comando provincial da Polícia da República de Moçambique (PRM) em Sofala.
“Os dois indiciados estão detidos e há mais dois ainda em fuga", acrescentou.
Xian Yao, empresário do ramo de transporte, de nacionalidade chinesa, foi sequestrado à saída de uma clínica, contou o próprio aos jornalistas, exibindo várias escoriações no rosto que disse terem sido provocadas pelos raptores.
Um dos detidos que se supõe ter orquestrado o crime é também de nacionalidade chinesa, enquanto o outro suspeito é moçambicano, detalhou a polícia.
Os sequestradores pediram 25 milhões de meticais de resgate - cerca de 338 mil euros.
O homem foi levado numa viatura a partir da zona de Maquinino e mantido em cativeiro numa residência alugada no Bairro da Cerâmica, cidade da Beira.
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, anunciou em dezembro a possibilidade de criação de uma unidade policial anti-raptos para combater a onda de crimes, com 16 casos e processos-crime registados só em 2020.
A CTA - Confederação das Associações Económicas de Moçambique, maior agremiação patronal do país, também já exigiu por diversas ocasiões um combate severo a este tipo de crime.
Fonte: Lusa