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Angola: Bacia de Okavango aberta ao investimento estrangeiro

Angola: Bacia de Okavango aberta ao investimento estrangeiro

O governo de Angola faz saber que uma longa extensão de terra do país, de 12 mil hectares, que corresponde ao projecto do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia de Okavango (PDTBO) foi aberta aos investidores nacionais e estrangeiros para a edificação de infra-estruturas turísticas.

Segundo o director do referido pólo, João Francisco Gime Sebastião, o PDTBO é um projecto do Estado angolano, situado entre as margens dos rios Cubango e Cuito, no município do Dirico, fronteiriço com a República da Namíbia, e carece de serviços básicos, com realce para vias de acesso, sistemas de telecomunicações, rede de distribuição de água potável e de energia eléctrica.
João Sebastião, que falava por ocasião do décimo primeiro aniversário do PDTBO, disse que apesar da falta de financiamento que se vive desde a sua criação, em 2011, foi possível concluir os estudos do Plano Director do Turismo, levantamento topográfico, catalogação dos recursos hídricos, faunísticos e florestais, dos locais históricos e dos hábitos e costumes das comunidades que residem ao redor.
Ele informou que o pólo é um apêndice do mega projecto turístico internacional de conservação ambiental chamado Okavango/Zambeze, que está a ser executado por cinco países membros, designadamente Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.
Angola não ratificou o acordo de implementação do Projecto Okavango/Zambeze entre os cinco Estados membros e a situação tem contribuído negativamente no acesso aos fundos doados pela comunidade internacional, para esse fim. Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe são os grandes beneficiários e possuem infra-estruturas hoteleiras robustas, que recebem turistas.
Construção de infra-estruturas
De acordo com o plano director para o desenvolvimento turístico, o projecto seria desenvolvido num período de 15 anos, mas tendo em conta as dificuldades financeiras, foram desenvolvidas apenas acções ligadas ao apoio às comunidades que habitam ao redor do projecto, para a prática da agricultura de conservação, com o intuito de adaptá-las à realidade futura e para que saibam conviver com novas realidades.
Também, a população foi sensibilizada a abdicar de práticas de abate de árvores para o fabrico de carvão, caça ilegal e pesca em quantidades exorbitantes, visto que tais procedimentos prejudicam o meio ambiente, assim como de outras actividades que não sejam vocacionadas ao turismo e conservação da biodiversidade.
João Francisco Gime Sebastião disse que além dos projectos acima referidos, o Estado deve fazer um grande investimento, para a construção de outras infra-estruturas de apoio, como aeródromos, áreas comerciais, unidades sanitárias, agências de viagens e bancárias, serviços de restauração entre outros, que vão ajudar a despertar o interesse dos empresários nacionais e internacionais ao pólo.
Referiu que a pandemia da Covid-19, que assola o país e o mundo, contribuiu igualmente na paralisação das acções em curso, nomeadamente a identificação de áreas para a construção de unidades hoteleiras, o levantamento das áreas propícias para a prática de diferentes actividades desportivas, com realce para o desporto de aventura, pesca e a formação de guias turísticos, entre outros.
João Francisco Gime Sebastião disse que o referido projecto prevê, numa primeira fase, a implantação de quinze "Lodges”, dos quais 13 nas margens do rio Cuito e dois nas margens do rio Cubango, com capacidade para três mil camas, e deve ocupar, cada, uma área de 40 hectares.
Além da construção das unidades hoteleiras, que estarão a cargo dos empresários nacionais e estrangeiras, está prevista a construção de parques de campismo e de balonismo, para que os turistas possam sobrevoar e apreciar a paisagem aérea da região.

Por Weza Pascoal | Menongue (Jornal de Angola)

 

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O governo de Angola faz saber que uma longa extensão de terra do país, de 12 mil hectares, que corresponde ao projecto do Pólo de Desenvolvimento Turístico da Bacia de Okavango (PDTBO) foi aberta aos investidores nacionais e estrangeiros para a edificação de infra-estruturas turísticas.

Segundo o director do referido pólo, João Francisco Gime Sebastião, o PDTBO é um projecto do Estado angolano, situado entre as margens dos rios Cubango e Cuito, no município do Dirico, fronteiriço com a República da Namíbia, e carece de serviços básicos, com realce para vias de acesso, sistemas de telecomunicações, rede de distribuição de água potável e de energia eléctrica.
João Sebastião, que falava por ocasião do décimo primeiro aniversário do PDTBO, disse que apesar da falta de financiamento que se vive desde a sua criação, em 2011, foi possível concluir os estudos do Plano Director do Turismo, levantamento topográfico, catalogação dos recursos hídricos, faunísticos e florestais, dos locais históricos e dos hábitos e costumes das comunidades que residem ao redor.
Ele informou que o pólo é um apêndice do mega projecto turístico internacional de conservação ambiental chamado Okavango/Zambeze, que está a ser executado por cinco países membros, designadamente Angola, Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe.
Angola não ratificou o acordo de implementação do Projecto Okavango/Zambeze entre os cinco Estados membros e a situação tem contribuído negativamente no acesso aos fundos doados pela comunidade internacional, para esse fim. Botswana, Namíbia, Zâmbia e Zimbabwe são os grandes beneficiários e possuem infra-estruturas hoteleiras robustas, que recebem turistas.
Construção de infra-estruturas
De acordo com o plano director para o desenvolvimento turístico, o projecto seria desenvolvido num período de 15 anos, mas tendo em conta as dificuldades financeiras, foram desenvolvidas apenas acções ligadas ao apoio às comunidades que habitam ao redor do projecto, para a prática da agricultura de conservação, com o intuito de adaptá-las à realidade futura e para que saibam conviver com novas realidades.
Também, a população foi sensibilizada a abdicar de práticas de abate de árvores para o fabrico de carvão, caça ilegal e pesca em quantidades exorbitantes, visto que tais procedimentos prejudicam o meio ambiente, assim como de outras actividades que não sejam vocacionadas ao turismo e conservação da biodiversidade.
João Francisco Gime Sebastião disse que além dos projectos acima referidos, o Estado deve fazer um grande investimento, para a construção de outras infra-estruturas de apoio, como aeródromos, áreas comerciais, unidades sanitárias, agências de viagens e bancárias, serviços de restauração entre outros, que vão ajudar a despertar o interesse dos empresários nacionais e internacionais ao pólo.
Referiu que a pandemia da Covid-19, que assola o país e o mundo, contribuiu igualmente na paralisação das acções em curso, nomeadamente a identificação de áreas para a construção de unidades hoteleiras, o levantamento das áreas propícias para a prática de diferentes actividades desportivas, com realce para o desporto de aventura, pesca e a formação de guias turísticos, entre outros.
João Francisco Gime Sebastião disse que o referido projecto prevê, numa primeira fase, a implantação de quinze "Lodges”, dos quais 13 nas margens do rio Cuito e dois nas margens do rio Cubango, com capacidade para três mil camas, e deve ocupar, cada, uma área de 40 hectares.
Além da construção das unidades hoteleiras, que estarão a cargo dos empresários nacionais e estrangeiras, está prevista a construção de parques de campismo e de balonismo, para que os turistas possam sobrevoar e apreciar a paisagem aérea da região.

Por Weza Pascoal | Menongue (Jornal de Angola)

 

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